
A conta de luz dos consumidores residenciais acumulou alta de 8,96% no Brasil em 2023, segundo levantamento do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A informação faz parte do IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que traz uma prévia da inflação oficial do país. Pelas projeções, a inflação foi de 4,72% no ano passado.
A alta no valor da conta de luz ocorre mesmo diante de um cenário favorável para a geração de energia elétrica, uma vez que os níveis dos reservatórios das hidrelétricas permaneceram com um bom volume de água e a bandeira tarifária verde foi mantida ao longo de todo o ano.
Nesse sentido, o principal fator que motivou o encarecimento das tarifas foram os reajustes e as revisões praticados pelas distribuidoras.
Payback cada vez menor
A queda média de 40% no preço dos painéis solares este ano no Brasil elevou ainda mais a atratividade para instalação de sistemas fotovoltaicos em telhados.
Segundo o mapeamento, a redução no preço final aos consumidores, que tem sido puxada sobretudo pelo aumento da capacidade produtiva chinesa, que detém 90% da produção mundial de painéis solares, melhorou o payback (tempo de retorno do investimento) entre 10% e 20% aos brasileiros que adotaram a geração própria de energia solar em 2023.
“Fica evidente, portanto, que o ganho de escala de produção global, o aumento de eficiência dos painéis solares e a consequente queda no preço final da tecnologia não só dissolvem as cobranças impostas pela nova regulamentação no Brasil, mas ainda elevam a atratividade e as vantagens da energia solar aos consumidores no país”, avalia Rodolfo Meyer, CEO do Portal Solar.
Segundo previsões da consultoria Wood Mackenzie, mais 1 TW de capacidade de fabricação de wafers, células e módulos estarão disponíveis até o fim de 2024, o que representa uma capacidade de produção suficiente para atender a demanda global anual pelos próximos oito anos.
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